As linhas: “ Menos de 24 horas depois do encontro tenso com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, entidades representativas da magistratura divulgaram nota conjunta, criticando-o em dez itens e praticamente rompendo relações com ele. As entidades afirmaram que Barbosa ‘agiu de forma desrespeitosa, premeditadamente agressiva, grosseira e inadequada para o cargo que ocupa’. Disseram ainda que o ministro abriu a reunião para a imprensa de modo a constranger os presidentes das associações e evitar o diálogo com eles. ” [Fonte: Valor Econômico, citando reflexos da reunião entre o Presidente do STF e os Presidentes da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e o presidente em exercício da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)]
As entrelinhas: O ministro Joaquim Barbosa ganhou respeito nacional pela sua postura firme, quase inflexível, durante o longo julgamento do processo conhecido como “mensalão”. As portas do Supremo jamais haviam sido escancaradas à população como o foram nesta ocasião. Ao final do processo ele foi, dentro da praxe do STF (sem relação com a Ação Penal), eleito para presidir a Casa. Surpreendentemente, apesar de se ter notícia de que suas notórias dores lombares estão amenizadas, Joaquim Barbosa assumiu uma atitude agressiva perante jornalistas, Juízes e advogados (aqui na sua função junto ao Conselho Nacional de Justiça) e este recente embate, que causou forte comoção no meio jurídico. De se acompanhar os próximos movimentos, eis que Barbosa claramente está chamando a si a missão de solitário paladino da justiça e vai ter que enfrentar forças que talvez (será?) esteja a subestimar.
É de se louvar a coragem do Ministro Joaquim Barbosa. Só mesmo “cutucando com a vara curta” ou “botando o dedo na ferida” como se diz no jargão popular é que se consegue alguma mudança em vícios arraigados desde a época colonial.
Sizuo, o Ministro Joaquim Barbosa vai enfrentar uma dura batalha. Particularmente, penso que solitária. Interesssante notar que toda a classe do Judiciário está magoada com a sua atitude mas a população em geral preza bastante a sua luta, apoia sua atitude e torce por ele. Saudações
Parece-me que o ministro Joaquim Barbosa possui, mesmo, um ódio imensurável da humanidade face ao seu passado de trabalhador pobre, pois, só isto justifica tanta arrogância, prepotência e perversidade por parte de um homem que chegou onde chegou chegando por seus próprios méritos. O ministro demonstra ser uma pessoa extremamente vingativa.
Augusto, que bom que chegou até você este meu novo blog, independente e pessoal. Continuo a escrever para Exame.com, mas com menos assiduidade. Quanto ao Ministro Barbosa, o que me chama a atenção é o número de pessoas fora do círculo judiciário que apoia e vibra com suas manifestações. O fato é que o Poder Judiciário caiu em forte descrédito nas últimas duas décadas. O Ministro acaba por representar toda a revolta das pessoas que, por um motivo ou outro, sentiram-se injustiçadas ou impotentes. Esta imagem, que se criou com sua midiática atuação no julgamento do mensalão, deu-lhe forças para enfrentar duramente seus próprios pares. Vamos acompanhar os próximos capítulos… Abraços e obrigado por sua presença em Linhas & Entrelinhas.