As linhas: “A presidente Dilma Rousseff exonerou, a pedido, Guilherme Afif Domingos (PSD) do cargo de ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa. O decreto da exoneração foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na sexta-feira. Mas a exoneração é temporária, já que Afif deve reassumir a função a partir da próxima quinta-feira, tão logo o governador Geraldo Alckmin retorne da França, para onde viajou neste domingo para apresentar a candidatura da capital paulista como sede da Expo 2020. Com a medida de Dilma, Afif Domingos poderá assumir como governador em exercício de São Paulo. Para pedir a exoneração do cargo, Afif se baseou em parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) que informou que ele pode ser vice-governador e ministro, desde que deixe a função em nível federal ao assumir o governo interinamente.” (Fonte: Zero Hora, de Porto Alegre)
As entrelinhas: A função destas entrelinhas é tentarmos ler o que não está óbvio nas linhas! Neste caso, não temos entrelinhas pois tudo está escrito claramente. Fica apenas o convite à reflexão: esta atitude de um político como Guilherme Afif Domingos é a) uso normal do “jeitinho” brasileiro de se viver; b) aplicação prática e integral da “Lei de Gérson”*, que imortalizou o craque Gérson de Oliveira Nunes; c) atividade didática para aplicação nas Faculdades de Direito do Brasil, mostrando como se deve conhecer as leis para saber como burla-las; d) todas as opções anteriores. Não seria muito mais simples e objetivo relembrar Getúlio Vargas e dizer, “A Lei, ora a Lei…”? Como ninguém mais se importa, mesmo…
* a Lei de Gérson é um princípio em que determinada pessoa age de forma a obter vantagem em tudo que faz, no sentido negativo de se aproveitar de todas as situações em benefício próprio, sem se importar com questões éticas ou morais (Wikipédia).
Paulo, se isso fosse um concurso, teríamos que optar a letra C, para acertar a questão; não sendo, vamos de opção D…. e viva o Vila Rica, o cigarro que te ajuda a resolver com um jeitinho…
Leticia, do ponto de vista acadêmico você tem razão. Mas na verdade é muita “cara de pau” de um político que sempre foi, até certo ponto, diferenciado, inclusive por sua atuação na Associação Comercial de São Paulo e sua habilidade em conciliar a vida de executivo com a carreira política. Pesa contra ele uma condenação em companhia de Paulo Maluf e Reinaldo de Barros, por ato impróprio. Mas sempre defendeu a bandeira da luta contra impostos. Francamente, é o último político de quem esperaria um gesto tão mesquinho e que afronta os brasileiros. Se quer ser Ministro, esqueça SP. Abraços, minha fiel leitora!