As linhas: “ Menos de 24 horas depois do encontro tenso com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, entidades representativas da magistratura divulgaram nota conjunta, criticando-o em dez itens e praticamente rompendo relações com ele. As entidades afirmaram que Barbosa ‘agiu de forma desrespeitosa, premeditadamente agressiva, grosseira e inadequada para o cargo que ocupa’. Disseram ainda que o ministro abriu a reunião para a imprensa de modo a constranger os presidentes das associações e evitar o diálogo com eles. ” [Fonte: Valor Econômico, citando reflexos da reunião entre o Presidente do STF e os Presidentes da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e o presidente em exercício da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)]
As entrelinhas: O ministro Joaquim Barbosa ganhou respeito nacional pela sua postura firme, quase inflexível, durante o longo julgamento do processo conhecido como “mensalão”. As portas do Supremo jamais haviam sido escancaradas à população como o foram nesta ocasião. Ao final do processo ele foi, dentro da praxe do STF (sem relação com a Ação Penal), eleito para presidir a Casa. Surpreendentemente, apesar de se ter notícia de que suas notórias dores lombares estão amenizadas, Joaquim Barbosa assumiu uma atitude agressiva perante jornalistas, Juízes e advogados (aqui na sua função junto ao Conselho Nacional de Justiça) e este recente embate, que causou forte comoção no meio jurídico. De se acompanhar os próximos movimentos, eis que Barbosa claramente está chamando a si a missão de solitário paladino da justiça e vai ter que enfrentar forças que talvez (será?) esteja a subestimar.